Filmes

Atividade nº 1 Visionamento do filme - "Retratos de uma Obsessão" 

Sinopse e Opinião

No filme "Retratos de uma Obsessão" acompanhamos de perto a história de Seymour Parrish, um homem pacato, plácido e pouco preocupado, que trabalha num supermercado de revelações fotográficas. O filme retratado em flashback é da autoria do produtor americano Mark Romanek. Este sentimento de flashback enfatiza a obsessão que Sy (diminutivo de Seymour Parrish) proporciona à família Yorkin. Seymour começa a acompanhar "bem de perto" a vida da família Yorkin e é no decorrer do filme que o neurótico demonstra os seus conhecimentos minuciosos relativamente à família. Sy revela fotos antigas e reconhece diversos elementos presentes nas mesmas, mas é nos materiais que tem em sua posse da família Yorkin que Sy projeta os seus desejos. É com a observação destas fotos que Sy cria na sua cabeça uma história de que tudo é perfeito na família. No decorrer do filme, Sy observa a família amadurecer por meio das fotografias, mas como estas são as suas únicas fontes de informação, Sy acaba por perceber que aquelas pessoas não são exatamente quem ele imaginava. Depois de receber uma série de fotos que ele julga inapropriadas, a sua obsessão ganha novos rumos, tornando-se cada vez mais perigosa. A Iluminação presente ao longo de todo o filme, pretende enfatizar a diferença entre os três mundos apresentados, o da imaginação de Sy e os da vida real. A casa de Sy é toda ela branca e fria, ao contrário da casa dos Yorkins, que vivem numa casa cheia de cores e aconchegante.


O filme "Retratos de uma Obsessão" colocou-me a pensar imenso, levando-me a criar um paralelo com a minha realidade. Por diversas vezes comentava, que "tal fulano" tinha uma vida perfeita, mas para realizar este comentário baseava-me em frações de segundo que via desse ser humano, nas redes sociais baseando-me nisso para argumentar que era uma vida "perfeita". Tem um momento no filme em que Sy diz que "Ninguém tira fotos das pequenas coisas, mas são elas que fazem a vida", este momento de Sy colocou-me a pensar e o final do filme está extremamente relacionado com esta expressão.

Atividade nº 2 - Visionamento do filme - "Divertidamente

Sinopse 

Quando o pai de Riley muda de emprego, toda a família se vê obrigada a abandonar a pequena cidade onde sempre viveu, Minnesota (EUA) para se instalar na longínqua cidade de San Francisco. Para uma jovem prestes a entrar na adolescência (11 anos), esta mudança não poderia acontecer em pior altura. Apesar disso, ela sabe que tem de se habituar a esta nova circunstância e não se deixar cegar pelos sentimentos. A Alegria, o Medo, a Raiva, a Repulsa e a Tristeza são as cinco emoções (responsáveis por processar as informações e armazenar memórias) que vivem no quartel-general do seu cérebro, onde a Alegria - a capitã - tenta equilibrar os estados de espírito e, simultaneamente, fazer com que a vida de Riley nunca deixe de ser feliz. Mas quando a Alegria e a Tristeza acidentalmente se perdem dentro da cabeça da menina, a sua vida fica virada do avesso. Com o centro de controlo sem a Alegria a comandar, o Medo, a Raiva e a Repulsa tomam o controlo da sua vida. Assim, numa corrida contra o tempo, duas emoções opostas unem esforços para percorrer as várias secções existentes na jovem mente e encontrar o caminho de volta. Tudo isto antes que a família de Riley perca as estribeiras com as suas flutuações de humor...

Relação com a Psicologia

  • As memórias são fixadas pelas emoções - durante o filme, os cinco sentimentos vivem no quartel-general, onde acompanham tudo o que acontece com Riley. Os principais eventos do dia ficam guardados em esferas - representam as memórias. Cada um tem uma cor associada que está relacionada com o sentimento naquele momento. Desta forma, é possível perceber que todas as recordações que temos, sejam elas boas ou más, trazem consigo sentimentos.
  • Não existe sentimento melhor ou pior - apesar da Riley preferir momentos alegres na sua vida, cada emoção tem a sua importância, e é necessário saber usá-las da melhor forma possível diante dos desafios. Assim, denota-se a importância da alegria num determinado momento e a passagem pela tristeza em diversas outras ocasiões. O problema incide quando os sentimentos ultrapassam os limites.
  • A tristeza é necessária - a personagem Alegria tenta, a todo o momento, sufocar e ignorar a Tristeza. Este ato critica o mundo atual, no sentido em que precisamos de estar felizes o tempo todo, a qualquer custo. No entanto, segundo a psicologia, há ocasiões em que um pouco de melancolia é essencial para encarar e lidar com as dificuldades que surgem na nossa vida.
  • O medo faz-nos sobreviver, assim como a repulsa - estes dois sentimentos livram-nos de grandes desgraças; o medo impede que entremos na jaula do leão durante uma visita ao jardim zoológico, e a repulsa não deixa que se consuma um alimento podre. O segredo está em equilibrar as emoções e não permitir que nos desgrace.
  • Há memórias que acabam apagadas e esquecer pode ser algo bom - No filme, as esferas que não são utilizadas vão parar ao lixo e viram poeira com o passar do tempo. Isso acontece com muitas informações que processamos ao longo de um dia e de toda a nossa vida. Esse dom do esquecimento também é essencial para lidar com situações traumáticas e difíceis.
  • A memória define e influencia a sua personalidade - há recordações que são muito importantes e determinam boa parte da nossa personalidade para o resto da vida. No filme, elas são as memórias base, as esferas em que estão guardados os momentos especiais da vida de Riley (brincadeira com os pais, jogo de hockey com as amigas). De acordo com a psicologia, no cérebro as lembranças são processadas numa região chamada hipocampo, que converte memórias de curto em longo prazo.
  • Nós temos um verdadeiro arquivo de memórias - no filme, quando a Alegria e a Tristeza saem do quartel-general das emoções, visitam a região onde as esferas estão colocadas em prateleiras. Na nossa massa cinzenta, as recordações estariam organizadas de forma semelhante: ficam próximas umas das outras por associação. Por exemplo, quando queremos recorda o nome de uma flor específica, pensamos que ela tem a cor avermelhada, tem muitas pétalas e o caule cheio de espinhos. Assim, concluímos que é a rosa. "As nossas memórias são armazenadas como um arquivo, por semelhança."

Atividade nº 3 - Visionamento do filme - "O Quarto de Jack"

Sinopse e Relação com a Psicologia 

"O Quarto de Jack" é um filme que surpreende e emociona pela forma como retrata diferentes dimensões da condição humana tais como a esperança, a fantasia, a depressão, a resiliência, mas acima de tudo, pelo modo como retrata o poder dos laços afetivos entre mãe e filho na superação de uma realidade adversa e hostil. 

O filme conta a história de Joy, uma jovem que foi sequestrada e é mantida em cativeiro há 7 anos num quarto com cerca de 10 metros quadrados. Joy, que é, periodicamente, abusada sexualmente pelo seu sequestrador, acaba por ter um filho com ele, Jack, que nasceu no cativeiro e que completou 5 anos de idade. Para que o filho não sofra com a vida desumana que os dois levam, encarcerados naquele espaço minúsculo e claustrofóbico, Joy constrói a fantasia de que o mundo e tudo o que existe se resume ao pequeno quarto, ocultando do filho a ideia de que estão em cativeiro. Logo, para Jack, o Quarto era o mundo. Aos poucos percebemos a resiliência daquela mãe, no que se refere à capacidade para transformar o sofrimento em força, ou seja, a condição de cativeiro num mundo particular, único e especial, explorando para isso a fantasia no seu filho e criando-o com todo o amor, de modo a garantir que ele se sinta seguro, amado e feliz. No seu mundo, Jack tem apenas contacto com a mãe e como mecanismo de compensação de falta de relações humanas, personifica os objetos do quarto. A dimensão social é determinante na construção do ser humano e, por isso, Jack relaciona-se com os móveis e outros objetos presentes no quarto como se fossem pessoas, cumprimentando-os de manhã e despedindo-se deles à noite. A presença dos outros ao nosso redor, como apoio e suporte nos momentos mais exigentes é fundamental, e se Jack recebeu da sua mãe o amor incondicional de que precisava para sobreviver, também ele sustentava emocionalmente a sua mãe e fazia com que ela lutasse pela vida pelo simples facto de existir.

A segunda parte do filme retrata as dificuldades de adaptação de Jack e da sua mãe ao mundo real após a libertação do quarto. E, por isso, Jack fala por diversas vezes que gostaria de voltar para lá. "O quarto de Jack", não é só um espaço físico, mas também um lugar psicológico, uma zona de conforto, de segurança que é difícil de ser deixada para trás, ainda que não seja possível permanecer lá. É comum nós também desejarmos voltar para uma posição mais cómoda e confortável perante situações que nos exponham em demasia ou que ainda não aprendemos a gerir. Temos dificuldades em lidar com grandes mudanças nas nossas vidas porque estamos apegados às nossas crenças, verdades e hábitos e temos medo de perder tudo isso. É necessário determinação e coragem para encararmos a mudança e deixarmos para trás as velhas mentalidades em prol de uma nova realidade repleta de opções e diferentes verdades.

Se num primeiro momento Jack entra em choque com a nova realidade, com o tempo a sua adaptação torna-se mais fácil que a da sua mãe, o que remete para a plasticidade que existe nas crianças e que é facilitadora da adaptação. Por seu lado, a mãe ao retornar a casa, vive as consequências psíquicas da violação da sua liberdade e integridade ao longo dos anos, bem como das humilhações físicas e psicológicas a que esteve sujeita. Joy entra numa depressão profunda e fica bastante confusa sobre o velho e o novo mundo em que agora se encontra.

Jack tem aqui um papel fundamental, na forma como apoia emocionalmente a sua mãe e lhe indica a atitude necessária para virar a página: enfrentar os seus medos e seguir em frente.

Nº24 12A
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